Aqui o autor - Dieter Dellinger - leva a Física aos seus Limites, ao ponto em que já não sabemos se é Física, Hiperfísica ou quase Metafísica Sem Religião
Sábado, 22 de Agosto de 2020
Dieter Dellinger: CHEGAR A ALFA DO CENTAURO

Os Mistério do Universos - A via látea



Intodução: A Ciência tenta revelar todos os mistérios do universo com algumas provas e dados e muitas incertezas. Só as religiões fanatizantes é que têm certezas. O saber é sempre incerto e sujeito a alterações.



CHEGAR A ALFA CENTAURO



A nossa gigantesca galáxia tem cerca de 200 a 400 mil milhões de estrelas e um número semelhante ou superior de planetas, os ditos exoplanetas, dos quais o telescópio Kepler detetou mais de 4 mil, observando apenas uma pequena janela do braço Orionte em que está inserido o nosso sistema solar. Isto pela simples observação do que poderíamos denominar de irregularidades regulares nas estrelas em observação, ou seja, pontos negros que passam em frente da estrela em períodos sempre iguais a presumir que se tratam de corpos estranhos à estrela num movimento de translação que dura o ano de um planeta em causa. Pelo conhecimento da massa da estrela e da velocidade do eventual exoplaneta mais o efeito doppler de aproximação para uma centralidade e de afastamento é possível conhecer superficialmente o tamanho, a massa e até a distância desse objeto estranho à sua estrela que perturba regularmente a visão ou claridade da mesma, sendo algo como a terra e os planetas do nosso sistema solar.



Considerando a existência de centenas de milhares de milhões desses planetas é admissível que muitos sejam do tipo telúrico como a terra e possam albergar atmosferas, mares e, por ventura vida de qualquer tipo, incluindo inteligente. Muitos outros são gigantes gasosos como Saturno e Urano e há ainda planetas que já foram estrelas que passaram perto do horizonte de um buraco negro que lhes comeu a coroa, a cromosfera, a fotosfera, a zona de convecção e da radiação, deixando um núcleo que arrefeceu até tornar-se num planeta errante e frio sem uma estrela para o aquecer.



Há milhares de milhões de planetas rochosos e desérticos como Marte ou gasosos como Saturno e Urano e de qualquer dimensão. Enfim, entre milhares de milhões não pode deixar de existir tudo o que a mente pode imaginar.



Sucede que a maior parte dos exoplanetas e os sistemas solares ou estrelares de que fazem parte situam-se a distâncias enormes e insuscetíveis, de observações minuciosas e, muito menos, de visitas. Mesmo assim, há quem não tenham desistido de, pelo menos, enviar sondas a outros sistemas planetários e na nossa “vizinhança” temos 10 estrelas que podem ter sistemas planetários a distâncias que vão de 4,24 a 8,73 anos luz.



O sistema mais próximo e que poderá ser visitado ainda este século por uma sonda miniatura é o Alfa Centauro. A sua maior de duas estrelas do tipo solar chama-se mesmo Proxima Centauro e há uma terceira anã vermelha que poderá ter em sua volta planetas.



O multimilionário russo Iuryi Milner pretende ser o que foi o Infante D. Henrique nos tempos atuais e futuros próximos. Para o efeito inspirou-se nos trabalhos do físico americano Robert Forward que imaginou uma sonda gigante presa a uma enorme vela ou espécie de paraquedas de 1.000 km de envergadura impulsionada por raios laser disparados a partir da uma central fixa no nosso planeta com uma potência de 75.000 terawats vista por toda a gente como algo de um gigantismo impossível. O gigantismo da ideia tornou aquilo um autêntico disparate.



Em vez disso, Milner pensa colocar 100 milhões de dólares à disposição de uma equipe de vários físicos e engenheiros americanos e de outras nacionalidades para elaborarem um projeto extremamente miniaturizado na base de uma sonda com um peso de cerca de 1 g impulsionada por um paraquedas ou vela a receber raios laser de uma bateria de emissores laser instalada na terra. Assim, um foguetão lançaria para o espaço fora da gravidade terrestre um involucro que se desdobraria para abrir a vela tipo paraquedas com 4 metros de envergadura e a sonda que seria um chip baseado nas tecnologias existentes dos telemóveis e câmaras de vídeo miniaturizadas de 2 Mpx com peso inferior a 1g. A sonda em forma de um chip quadrado com alguns centímetros de aresta seria alimentada por uma bateria de Nano Trítio radioativo de duração quase ilimitada e emissora de eletrões como as células beta-voltaicas usadas nos pacemakers mais um micro processador de dados na base de circuitos integrados como os dos relógios com movimento proporcionado por um cristal de quartzo e um micro motor elétrico, um giroscópio, um magnetómetro e emissor de imagens vídeo captadas pela câmara com uma lente do tamanho de uma pupila e capacidade de visão semelhante a um olho humano. A vela em paraquedas seria revestida de um filme fotovoltaico capaz de produzir energia elétrica a partir da radiação das duas estrelas brilhantes do sistema Alfa do Centauro quando chegarem ao sistema Alfa do Centauro. Fundamentalmente trata-se de aproveitar a nano tecnologia já existente e cobrir o chip com um material finíssimo para proteção contra o eventual choque da sonda com partículas cósmicas.



Já houve uma tentativa de lançar 104 mini satélites em órbita que não saíram do foguetão por erro de manobra e comando.



O verdadeiro segredo do eventual êxito do projeto de chegar a Alfa do Centauro está mais na vela e sistema de raios laser impulsionadores a uma velocidade de 20% da velocidade da luz ou 60.000 km/segundo (=216 milhões de km/h). Para isso seria necessário um laser produzido pela energia elétrica de 100 GW quando uma central nuclear produz em média 1 GW. Para chegar a isso, pensou-se em utilizar a típica astúcia russa que é conseguir algo muito grande com meios simples e menores. Assim, em vez de uma grande centra laser, pensou-se em utilizar emissores de raios laser de 1 kilowat repartidos numa superfície de 1 km2 que albergaria cerca de mil unidades produtoras dos referidos raios laser. O consumo energético durante o curto período de arranque seria imenso para colocar a vela e a sonda à velocidade 60 mil km/segundo, mas acrescenta-se a ideia de reciclar os fotões emitidos contra vela que deveria ser feita num material que não só aguentará o choque imenso dos feixes laser como os refletirá para a terra para serem reaproveitados sob a forma de energia elétrica. A radiação laser será emitida no espetro infravermelho que só será absorvido pela atmosfera numa média de 90%. Se a vela absorver um milésimo da radiação laser que lhe chegar entrará em combustão, pelo que deverá ser construída num material mito especial do tipo de um espelho perfeito num filme de plástico metalizado com uma espessura inferior a um micrómetro, ou seja, de um quarto do comprimento de onda da radiação laser e que terá ainda de ser inventado ou desenvolvido. A NASA que colabora com o magnata russo anda a testar velas que para além do material especial deverão ser rotativas para se manterem com a pressão desejada.



A viagem até ao sistema Alfa do Centauro está sujeita a tempestades cósmicas, magnéticas e passagens por nuvens de poeiras que podem pôr em causa a resistência da vela. No Halo entre Nossa heliosfera e a das estrelas do Alfa do Centauro, o espaço é relativamente estável, a temperatura é da ordem dos -270ºC, o que não deverá ser um grande problema em encontrar materiais que aguentem um frio tão grande, pois as duas sondas Voyager continuam de boa saúde apesar de estarem a navegar há uns 35 anos num espaço com essa temperatura.



A radiação laser será necessária para o arranque e em cerca de meia hora, a sonda atravessará a órbita de Marte e, talvez, em um a dois dias estará na fronteira da nossa heliosfera, zona de influência magnética e ligeiramente gravitacional do Sol.



A sonda navegará à velocidade de 1070 milhões de km/h, o que pode prejudicar a observação e procura de planetas do sistema Alfa do Centauro. Em pouco mais de 4 anos, a radiação laser chegará ao conjunto sonda e vela que poderá ser orientada para orbitar uma das estrelas do sistema. Mas, o grande objetivo deste fantástico projeto é o de sempre da astronomia. Haverá vida algures num planeta? A radiação laser refletida pelo espelho formado pela parte interna da vela poderá ser o transmissor de dados e a vela refletir para a terra aquilo que a câmara da sonde vê. Mas é evidente que produção de uma sonda com a respetiva vela implicará como é timbre da nossa civilização industrial a construção de outros veículos astronómicos iguais ou melhorados, pelo que é admissível que as estrelas e eventuais planetas sejam então explorados por muitas sondas



O projeto Alfa do Centauo tem um calendário que seriam 10 anos para a construção e cerca de 20 anos para a viagem e exploração da constelação. Por volta de 2050 poderá ser o objeto de todo o noticiário internacional.



Na constelação Alfa do Centauro podem existir planetas para além das três estrela, o que seria normal, dado que formação de estrelas, principalmente anãs resulta de proto disco que além de estrelas pode originar planetas e com estrelas tão próximas umas das outras seria quase inconcebível que não existam também planetas, mas se têm vida não sabemos.



O projeto denominado em inglês é “Breakthrough Starshot” é excitante para todos os cosmólogos e deverá custar mais que os 100 milhões de dólares já disponibilizados, mas é natural que os poderes públicos da Rússia, EUA, Europa, etc. Venham a interessar-se e a contribuir com trabalhos e dinheiro.



O russo Konstatin Tsiolkovski, inventor do primeiro foguetão que deveria explorar o cosmos escreveu há mais de 100 anos: A Terra é o berço da Humanidade, mas ninguém nasceu para pass



publicado por DD às 21:51
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
pesquisar
 
Agosto 2020
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
14
15

16
17
18
19
20
21

23
24
25
26
27
28
29

30
31


posts recentes

Dieter Dellinger: CHEGAR ...

Mistérios do Universo - B...

Einstein foi o Maior Géni...

Dieter Dellinger: A Galáx...

Exoplanetas

Dieter Del...

Introdução

Capítulo I - O Modelo Pad...

Capítulo II - Os Electrõe...

Capítulo III - Neutrinos ...

arquivos

Agosto 2020

Maio 2019

Março 2017

Agosto 2016

Outubro 2010

Setembro 2010

Julho 2010

Junho 2010

tags

todas as tags

links
blogs SAPO
subscrever feeds